No seminário, foram apresentados os resultados alcançados com o projeto de planificação que possibilitou uma melhor estruturação e organização da Atenção Primária e na Atenção Ambulatorial Especializada, com o foco na linha de cuidado materno-infantil. De acordo com a secretária executiva de Saúde, Renata Nóbrega, a implementação das ações nos 11 municípios contemplados, tornou possível a redução de mortes maternas, infantis e ainda uma integração da atenção especializada com a atenção primária em saúde.
“É uma demonstração de que a organização da atenção primária, assim como na obstetrícia, com certeza traz melhorias na parte assistencial de organização dos fluxos, que automaticamente acaba proporcionando todo o cuidado qualificado às gestantes desde a atenção primária até a média e alta complexidade”, explicou.
Ao longo do segundo triênio, as atividades do PlanificaSus proporcionaram momentos de discussão e muitas mudanças no processo de trabalho das equipes e dos serviços, buscando uma operacionalização mais adequada às necessidades de saúde identificadas por cada município.
Para o gerente de Projetos e Novos Serviços da Diretoria de Atenção Primária e Redes do Hospital Albert Einstein, Márcio Paresque, o projeto é de grande importância para o fortalecimento do SUS nos estados. “Estamos tornando cada vez mais potente o papel da atenção primária como ordenadora da rede de atenção à saúde, como principal ponto de cuidado da população. E além disso, a gente vem trabalhando um novo modelo de atenção à saúde, que tem um foco no cuidado das condições crônicas de alto e muito alto risco. O ambulatório, nesse modelo, é um serviço que vem para trabalhar, para complementar o cuidado da atenção primária e garantir um cuidado integral e integrado”, pontuou.
De maneira exitosa, o PlanificaSUS foi executado em 64 unidades de Saúde, com um percentual de adesão de 100% da expansão de todos os serviços oferecidos à população na 14ª Região de Saúde, com destaque para a integração das equipes multiprofissionais de saúde indígena, na qual a Paraíba é pioneira.
O representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), órgão responsável por coordenar as ações e implementações das ações nos estados, Eugênio Vilaça Mendes, considerou que a Paraíba avançou, destacando-se na interação do subsistema de saúde indígena. “Aqui o trabalho está sendo bem avaliado, com bons resultados! Não é fácil trabalhar a saúde indígena dadas as diferenças e as singularidades culturais dessa população, mas, certamente, isso vem acontecendo na Paraíba. Com a coordenação do Conass e a ajuda do Ministério da Saúde e da equipe do Hospital Albert Einstein, estamos alcançando índices importantes”, ressaltou.
Além de compartilharem as experiências exitosas vividas no decorrer do projeto, os profissionais de saúde também receberam certificados pelos resultados alcançados. O projeto segue agora para etapa de monitoramento e controle, com a expectativa de continuidade no ano de 2024.