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No mês da prematuridade, o Instituto Cândida Vargas, que faz parte da Rede Municipal de Saúde da Prefeitura de João Pessoa, destaca os cuidados oferecidos pela instituição aos bebês que nasceram antes do período previsto e abaixo do peso. A maternidade conta com uma equipe multiprofissional especializada para esse cuidado. Segundo os dados do ICV, no período de janeiro a outubro desde ano, já foram acolhidos 641 bebês no Método Canguru, setor responsável por esses recém-nascidos.
Sobre o mês da prematuridade, a coordenadora do Método Canguru no ICV, Euda Aranda, pontuou a importância da conscientização sobre o tema. “O ICV é a Maternidade Referência do Método Canguru na Paraíba, e este ano a campanha tem como tema ‘O contato pele a pele, o mais precoce e em todos os lugares’, sendo este um dos pilares do Método Canguru. Temos em nossa maternidade, os cuidados necessários por meio da equipe médica, enfermagem e equipe multidisciplinar”, destacou.
Atividade realizada – Na semana passada, o ICV realizou um café da manhã na Unidade Canguru para as mães e os profissionais de saúde. Em seguida, houve um Simpósio sobre Prematuridade, onde foram abordados os temas de Neonatologia, Obstetrícia e Fonoaudiológico.
Durante todo o ano, o Instituto desenvolve trabalhos para cuidar desses bebês. O contato pele a pele iniciado imediatamente após o nascimento tem se mostrado uma prática extremamente benéfica e eficaz, especialmente importante no caso de bebês prematuros. Sua prática contribui para o início e manutenção da amamentação, favorece a estabilização de parâmetros vitais, como frequência cardíaca e glicemia, e auxilia no estabelecimento de uma microbiota saudável, aspectos importantes, tanto no processo de adaptação à vida extrauterina após o nascimento quanto a médio e longo prazos.
Para Ingrid Dayane, que está há mais de 28 dias na maternidade, os cuidados da equipe são essenciais para deixar a mãe mais tranquila. “Passei por vários setores do ICV, sendo cuidada em todos. Aqui, no Método Canguru, continua esse cuidado. Estou sendo ensinada a cuidar do meu bebê, desde os profissionais da psicologia, enfermagem entre outros. Sou grata por toda atenção, sendo bem assistida por todos. Aqui é uma equipe que trabalha com o coração”, relatou.
As atividades de humanização como Hora do Soninho, banho envelopado, ofurô, visita integrada, diminuição da luminosidade na incubadora, luz individualizada para procedimentos, entre outros, são medidas de neuroproteção que as equipes de enfermagem, fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia proporcionam para o bem-estar dos bebês e a garantia de ambiente saudável, culminando com as boas práticas de assistência ao prematuro no Instituto.
O objetivo do Método Canguru é estimular o aleitamento, incentivando a presença constante dos pais junto ao recém-nascido em contato contínuo, diminuir o tempo de internação e reduzir o estresse da família. Estudos mostram que em hospitais onde o método é usado, a quantidade de leite diário nas mães que fazem o contato pele a pele com o bebê é maior, e também, que o período de amamentação dura por mais tempo.
Além do aleitamento, o Método Canguru ainda ajuda a desenvolver a confiança dos pais no manuseio do bebê mesmo após a alta hospitalar; aliviar o estresse e a dor do recém-nascido de baixo peso; diminuir as possibilidades de infecção hospitalar; reduzir o tempo de permanência no hospital; aumentar o vínculo pais-filho; evitar a perda de calor do bebê, entre outros.
Sobre o Método Canguru – Foi criado pelos pediatras Rey Sanabria e Héctor Martinez em 1979 em Bogotá, na Colômbia, para reduzir o tempo de internação, diminuir as infecções, evitar o abandono e incentivar o aleitamento dos recém-nascidos de baixo peso.
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Texto: Rômulo Teodorico
Edição: Felipe Silveira
Fotografia: Assessoria