“É preciso informar e conscientizar a sociedade através de ações em todas as esferas dos Poderes, reunindo e ouvindo a população quilombola, entidades e representantes da sociedade civil organizada com o objetivo de combater o racismo, a discriminação e, assim, também buscar projetos que visam a melhoria na qualidade de vida dessas pessoas”, ressaltou o presidente da Casa, Adriano Galdino.
O deputado Gilbertinho, autor da propositura, agradeceu a presença dos representantes das comunidades quilombolas e também aos parlamentares da ALPB pela preocupação em trazer melhorias para essa população. “Também foi uma sessão no sentido de conscientização da família para o preconceito racial, a injúria racial, que assola todo o Brasil, como nosso estado”, destacou.
O coordenador das Comunidades Negras e Quilombolas da Paraíba, José Amaro da Silva Neto, parabenizou os idealizadores do evento pela iniciativa, que, segundo ele, traz a Assembleia Legislativa para ouvir o povo, destacando que o movimento quilombola no estado tem 49 comunidades distribuídas em 32 municípios.
“Então, para a gente, esse momento tem uma grandiosidade, para estarmos aqui trazendo a nossa problemática para ser discutida juntamente com os deputados”, disse, enfatizando que o movimento vem crescendo a cada dia, se articulando, “buscando na verdade o que é de direito, para assumir tudo aquilo que é seu de direito, dentro dessas comunidades”.
O advogado Debson Murilo, que é membro da Comissão de Combate ao Racismo e diretor da OAB-PB, Subseção Catole do Rocha, disse que foi convidado pela comunidade para aproveitar o espaço de fala.
“Dizer e clamar para que a consciência negra não se resuma apenas a novembro. A nossa pauta é diuturna, é para todos os meses, para todos os dias do ano. Pela inclusão do povo negro. E nós temos desafios que são concomitantes, que devem ser realizados ao mesmo tempo. Para que as pessoas entendam o que é ser negro – inclusive os próprios negros entendam a importância da inclusão e da diversidade das pessoas negras nos espaços de poder, nos espaços de decisão. Então, nossa luta é sempre”, enfatizou.